Caminhando pelas ruas, sozinha como de costume sinto a brisa me tocar e me guiar.
O barulho dos meus passos no chão molhado, as luzes ofuscando minha visão turva de tanta solidão...
Era difícil admitir que só estivesse à procura de sexo, um dos meus vícios sórdidos...
Encostado na parede um homem pálido com a aparência funesta, lábios vermelhos e olhos azuis, minha mente em conflito e aquela imagem esguia que estava me seduzindo, não precisei de nenhum esforço para que ele viesse até mim, em uma voz rouca disse:
-- O que procuras?
Sem pensar muito respondi:
-- Não sabia ao certo o que procurava, mas quando te vi tive certeza que encontrei.
Continuamos caminhando, agora quem me guiava era ele... Relutando para não perguntar onde estávamos indo, e ele percebendo falou:
-- Estamos indo ao paraíso. -Soltou uma gargalhada e me olhou - Não se preocupe, estamos chegando!
A única coisa com que não me preocupava naquele momento era isso, se já estávamos chegando ao nosso destino.
Acendi um cigarro, e suspirei sutilmente sua fumaça para dentro de meus pulmões, era inevitável não demonstrar minha aflição, não estava a fim de muito papo, queria mesmo é que ele me tocasse e me penetrasse com violência.
Resolvi demonstrar mais o meu desejo por ele, o coloquei contra parede, desabotoei sua calça e comecei massagear seu pênis, do qual para minha surpresa já estava ereto, beijei sua boca como nunca havia beijado alguma antes, senti uma de suas mãos acariciando meus seios, e a outra estava enrolada em meus cabelos, num tom ofegante ele disse:
-- Acalme-se, já chegamos. Eis aqui meu paraíso.
Passamos por um extenso corredor, quando paramos em frente à porta, em um movimento brusco ele arrancou um molho de chaves do bolso de seu paletó.
-- Entre, está um pouco bagunçado... Minha secretária sumiu, ou desistiu de limpar minha sujeira.
Livros e garrafas de vinho espalhadas pelo chão, quadros por todas as paredes do apartamento, mas um deles me chamou mais atenção, uma tela com minha imagem... Indaguei-o:
-- Já me conhecia? - E ele falou:
-- Não, havia sonhado com essa imagem por varias noites e então resolvi pinta-la, se sente incomodada com isso?
Eu não sabia o que falar e também aquilo não era prioridade no momento, então me aproximei e tirei seu paletó, ele foi logo tirando os sapatos e meias, me puxou e começou a me despir. Suas mãos tocavam minha genitália com suavidade, como se estivesse tocando piano, logo começou a chupar meus seios rijos e me conduziu até o quarto.
Estávamos os dois nus, sua barba roçava em meu pescoço me fazendo ficar mais excitada, suas mãos agora em minhas nádegas movimentando-as para cima e para baixo e em um instante já estava algemada na cama, deitou seu corpo sobre o meu e me penetrou, estava tão feliz com aquele momento que nada mais existia naquele lugar, só meu corpo, ele e a cama.
O ritmo aumentava cada vez mais, senti o primeiro orgasmo chegar, foi quando me transformei em um animal urrando de tanto prazer, então ele tirou as algemas e me colocou de quatro na cama, agarrou meu quadril e me encaixou novamente, pegou nos meus cabelos inclinando minha cabeça, pude sentir milímetro a milímetro de seu pênis entrar em mim, sua mão estava massageando meu clitóris em movimentos circulares e logo senti um outro orgasmo chegando, era cada vez mais intenso e prazeroso, senti um liquido quente escorrendo pelas minhas pernas e agora quem gritava era ele balbuciou palavrões enquanto jorrava seu esperma.
Ele deitou na cama puxando um cigarro que estava em cima do criado mudo, e finalmente perguntou:
-- Como é seu nome moça dos meus sonhos? - Então o respondi:
-- Ellen e o seu misterioso rapaz?
-- Chris... Chris Armstrong, prazer! – Ironicamente disse:
-- Te garanto que o prazer foi todo meu.
Enfim ele adormeceu isso já não me ofendia mais, virar pro lado e dormir depois de um transa pra mim era comum, eu como sempre esperava esse momento ansiosamente pra poder ir embora sem deixar rastros.
Continua..