sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Entenda se puder.

O café que você fuma.
O cigarro que você bebe.
Sou aquele de pele e osso,
Que não esconde o seu mau gosto.
Conversa a toa, peito em proa
Pão de broa,
Cabelo de milho, ter um filho
Andar no trilho
Beijar boneca, tirar meleca
Comer moqueca
Batom vermelho, olhar o espelho
Cortar pentelho
Espinha na testa, arroz de festa
Olhar pela fresta
Blefar, cantar
Sentar
Este de quem tem um esboço
Uma mente pensante, um tom arrogante
Um andar ofegante
Procurando a calma, no fundo da alma.
Sou aquele que não fede e nem cheira, cego, surdo e mudo
De pernas pro ar, enquanto tudo está a girar.

Nenhum comentário: